Estudo do dia 16 de agosto, por Heraldo

SALOMÃO


INTRODUÇÃO:
1. Samuel (profeta, sacerdote e juiz), homem de oração e dedicado à obra de Deus, não estava imune ao mal e na velhice designou os filhos para serem juízes sobre Israel, os quais à semelhança dos filhos do Profeta Eli (Sumo Sacerdote e juiz), deram as costas para Deus, recebendo subornos e pervertendo a justiça. 2. O povo de Israel rejeitou a liderança dos juízes e sacerdotes e clamou por um rei. (I Samuel 8:5 a 7). Samuel inicialmente interpreta essa petição em termos de um ataque pessoal contra sua própria liderança, mas o Senhor lhe indica que aquela afronta é muito mais grave do que isso (estariam o povo de Israel rejeitando ao governo de Deus). 3. Com o ritual da unção de Saul por Samuel, estava iniciada a transição do sistema de governo teocrático para um governo monárquico, sendo Saul o primeiro rei. Samuel antes de morrer ainda iria ungir Davi (em segredo), como o segundo rei de Israel (pois somente muito mais tarde ele foi apresentado publicamente). (ver I Samuel 16:13 e II Samuel 2:4; 5:3). A fé em Deus precisa envolver-se e desenvolver-se em todas as áreas práticas da nossa vida. 4. Davi tinha feito uma aliança (um pacto) com Deus, que prometeu manter sua linhagem para sempre. Esta promessa seria totalmente cumprida pelo nascimento do Senhor Jesus Cristo. (II Sam 7:2, 3, 12, 13 e 23:5). Deus não desejava que um guerreiro como Davi lhe construísse o Templo, a tarefa de Davi era unificar e liderar Israel e destruir seus inimigos. Embora o Senhor tenha recusado o pedido de Davi, a dinastia dele continuaria para sempre, pois Jesus Cristo, descendente de Davi foi à suprema realização dessa promessa. (Atos 2:22 a 36). 5. Davi andou em verdade, justiça, retidão de coração e foi alvo da grande beneficência de Deus. (I Reis 3:6). 6. Bate-Seba, mãe de Salomão, ex-mulher de Urias (capitão do exército de Israel), foi a mulher com a qual Davi cometera adultério e ela teve um filho com ele que veio a morrer, ela era o vínculo entre os dois reis mais famosos de Israel, Davi e Salomão (segundo e terceiro reis de Israel, respectivamente). (II Samuel 12:24 e I Reis 1: 30-31). 7. Bate-Seba tornou-se influente no palácio ao lado de seu filho Salomão, sendo ancestral de Jesus Cristo. Bate-Seba provavelmente sentiu-se arrasada pela cadeia de eventos que se sucedeu: a infidelidade para como o seu marido, a descoberta da gravidez, a morte de seu esposo e a do menino, fruto de seu adultério com o rei. Um pecado pode parecer uma semente pequena, mas a colheita de suas conseqüências será além da medida. 8. Natã foi uma dádiva para a vida de Davi, serviu-lhe como mensageiro de Deus e revelou-se um fiel e destemido amigo e conselheiro do rei, sempre disposto a falar a verdade, mesmo ciente que suas palavras poderiam lhe trazer um grande sofrimento. “Então, disse Natã a Davi: És tu este homem”. (II Sam 12:7). 9. Salomão amava o Senhor (I Reis 3:3). O amor a Deus é o princípio da sabedoria.
I – O REINO UNIDO, A ESCOLHA DO SUCESSOR DE DAVI, E A CONSTRUÇÃO DO TEMPLO:
1. Adonias era o quarto filho de Davi e a opção lógica para sua sucessão (o primogênito Amon fora morto por Absalão por ter estuprado sua irmã Tamar; Daniel é mencionado somente na genealogia, provavelmente falecera nesta época, o terceiro Absalão morrera em uma rebelião anterior), e por conta disso Adonias decidiu tomar o trono sem o conhecimento de Davi, pois ele sabia que Salomão seria o escolhido por seu pai (e por Deus) para ser o próximo rei, por esta razão não convidou os leais conselheiros de Salomão e Davi quando se declarou rei (I Reis 1: 9 e 10). A fim de se legitimar no poder Adonias queria que fossem oferecidos sacrifícios, mas ele não era o escolhido de Deus para suceder a Davi. Nem tudo o que parece ser aos nossos olhos é. Selar uma ação com uma cerimônia religiosa pomposa, não faz com que esta se transforme na vontade do Senhor. 2. Davi havia feito uma promessa a Bate-Seba de que Salomão seria o seu sucessor e Deus mesmo já havia confirmado (I Crônicas 22: 9 e 10; 28: 1 a 10; I Reis 1: 30). A sabedoria para fazer as escolhas certas em diversos assuntos é um dom de Deus. Entender isso deve nos deixar mais conscientes das decisões que tomamos e mais dispostos a incluir o Senhor em nossas deliberações e decisões. 3. Davi dá conselhos a Salomão (I Reis 2: 3 e 4), enfatizando a necessidade de fazer de Deus e de suas leis o centro de sua vida pessoal e de seu governo, a fim de preservar o reino, conforme a promessa do Senhor (II Sam 7). 4. Salomão faz um pedido a Deus, que lhe dê sabedoria para julgar o povo. (I Reis 3:9 a 15). Salomão recebeu de Deus “entendimento para discernir o que era justo”, mas dependia dele aplicar esta sabedoria a todas as áreas de sua vida, embora tenha permanecido sábio por toda a vida, nem sempre agiu de acordo com a sabedoria que havia sido dada por Deus (I Reis 11:6). É clássico o exemplo de sua sabedoria proferida na sentença proferida na causa das duas mulheres que disputavam perante ele a maternidade de uma criança. (I Reis 3: 16 a 28). “viram que havia nele a sabedoria de Deus, para fazer justiça”. 5. Israel estava próximo ao fim dos anos dourados do governo de Davi. O livro de I Reis começa com um reino unificado glorioso e centrado em Deus; termina com um reinado dividido, degradado e idólatra. Fica claro que a razão para o declínio de Israel foi ter fracassado na obediência a Deus. 6. Salomão constrói o Templo de Deus em Jerusalém (960 - 586 a.C.) de acordo dimensões (I Reis 6: 2 e 3) e com a planta dada por Davi (I Crônicas 28:11). O Templo de Salomão era algo muito belo de se ver. Levou cerca de 7 anos para ser construído e era um edifício magnífico, imponente, que continha ouro, prata, bronze e cedro. Esta casa dedicada a Deus foi inigualável (I Reis 6 e 7 e II Crônicas 2 a 4), mas a condição da presença eterna de Deus no santuário estava condicionado a obediência aos seus mandamentos. (I Reis 6:13). 7. “E nunca o seu pai o tinha contrariado, dizendo por que fizeste assim?” (I Reis 1:6). É falsa e ilusória a idéia de pensarmos que os nossos líderes religiosos, pastores, diáconos, bispos, não tem problemas nos seus relacionamentos familiares (com filhos, esposa, etc.), eles são humanos e iguais a qualquer um de nós, e também tem problemas semelhantes aos nossos. DAVI serviu bem a DEUS como rei, mas falhou como pai. Não devemos permitir que as nossas responsabilidades com os afazeres diários, em casa, no trabalho, na Igreja, possam gerar negligência como pais. Quando impomos limites e disciplina aos nossos filhos, por exemplo, tornamos possível que eles desenvolvam a auto-restrição que necessitam a fim de se controlarem mais tarde na vida, devemos aprender que “Nenhum sucesso na vida compensa o fracasso na família” (A família é a base de tudo).
II – O REINO DIVIDIDO:
1. Salomão fez várias alianças matrimoniais com as nações vizinhas, com a finalidade de fortalecer-se politicamente, e isso foi uma abertura para o início de sua queda, pois estas relações tornaram-se vias de infiltrações de idéias e práticas pagãs. As esposas de Salomão trouxeram os seus deuses para Jerusalém e no final o induziram à prática da idolatria. (I Reis 11: 1 a 6). Estejamos atentos às influências maléficas em nossas vidas, que nos distanciam e nos afastam da comunhão com DEUS. Quanto mais luxuosa a corte de Salomão se tornava, mais impostos o povo pagava. Possuidor de tudo o que desejava, ele se esqueceu de Deus e permitiu que influências pagãs entrassem na corte através de suas esposas. 2. Salomão falhou em obedecer a Deus, e não aprendeu a lição do arrependimento até o final de sua vida. “Não guardaste o meu concerto e os meus estatutos que te mandei, certamente, rasgarei de ti este reino” (I Reis 11: 11 e 31). Se o Senhor não edificara casa, em vão trabalham os que a edificam. (Salmo 127:1). Não é suficiente começar corretamente a construção da nossa vida, do nosso casamento, da nossa carreira profissional, ou da igreja nos princípios de Deus, devemos permanecer fiéis a Ele até o fim. (Marcos 13:13). 3. Depois da morte de Salomão, as 10 tribos do Norte revoltaram-se e formaram uma nação separada, a qual experimentou as conseqüências desastrosas de ter maus reis. O profeta Elias aparece em cena e confronta estes monarcas por seus pecados. O Senhor lida com o pecado de maneira poderosa embora o juízo possa parecer lento, Deus julgará o mal severamente. 4. Jeroboão que era da tribo de Efraim foi feito rei e chamaram Reino de Israel (congregando 10 tribos), que ficou conhecida como “Reino do Norte”, cuja capital era Samaria e as tribos de Judá e Benjamin que ficaram sob o comando do rei Roboão que era o verdadeiro e legítimo sucessor de Salomão, formando Reino de Judá e que ficou também conhecido como “Reino do Sul”, cuja capital era Jerusalém. (I Reis 12: 20 e 21). As 12 tribos de Israel (antigo Jacó) são formadas pelos filhos Rúben, Simeão, Levi, Judá, Issacar, Zebulom (filhos de Léia, que ainda teve uma filha única Diná), Gade e Aser (filhos de Zilpa, serva de Léia), Benjamin e José (filhos de Raquel) e Dã e Naftali (filhos de Bila, serva de Raquel). Porém na divisão das terras, Levi e José não receberam herança, mas os filhos de José, Manassés e Efraim receberam, pois Jacó os tomou como seus próprios filhos. 5. As muitas esposas de Jacó (duas esposas e duas esposas “substitutas”) produziram duras e tristes conseqüências entre os filhos. Ira, ressentimento e ciúmes eram comuns entre eles. É interessante notar que a pior luta e rivalidade ocorreu entre os filhos de Léia e os de Raquel, e entre as suas respectivas tribos e descendentes. O fato de um costume ser socialmente aceitável não significa que seja sábio ou correto. Você pode poupar muitas tristezas a si mesmo e aos outros se considerar as conseqüências potenciais de suas ações.
III – SALOMÃO AINDA ESCREVEU PROVÉRBIOS, ECLESIATES e CANTARES:
1. O livro de Provérbios começa com uma objetiva declaração de seu propósito: levar as pessoas a buscarem a sabedoria para que vivam de uma forma agradável a Deus. Os primeiros capítulos consistem em conselhos paternais de Salomão aos jovens. Embora a maioria do material desta seção seja dirigido aos jovens, todos aqueles que buscam ser sábios se beneficiarão muito desses textos e descobrirão a fonte, o valor e os benefícios da sabedoria. “O temor do Senhor é o princípio da ciência (sabedoria); os loucos desprezam a sabedoria e a instrução” (Provérbios 1:7). 2. Em Eclesiastes, vemos que certos caminhos levam ao vazio. Este livro também nos ajuda a descobrir o verdadeiro propósito da vida. Tal sabedoria pode poupar-nos do vazio que resulta de uma existência sem Deus. Salomão ensinou que as pessoas não encontrarão significado na vida por meio de conhecimento, dinheiro, prazer, trabalho ou popularidade. A verdadeira satisfação vem do conhecimento de que o que estamos fazendo é parte do propósito de Deus para nós. Este livro pode nos ajudar a aproximarmos de Deus e não sermos dominados pela obsessão de obter poder, aprovação e dinheiro. A suma da vida “teme a Deus e guarda os seus ensinamentos; porque este é o dever de todo homem”. (Eclesiastes 12:13). 3. Em Cantares observamos o propósito de cantar o amor entre o noivo (o rei Salomão, que pode simbolizar Jesus Cristo) e a noiva (Sulamita, que pode simbolizar a Igreja), reafirmar a santidade do casamento e descrever o amor de Deus por seu povo. Aceite o amor do seu cônjuge como um presente de Deus e lute para fazer de seu sentimento um reflexo do amor perfeito que vem do próprio Deus.
CONCLUSÕES PRÁTICAS PARA A NOSSA VIDA:
1)Salomão foi um homem muito sábio (botânico, zoologista, arquiteto, poeta e filósofo), mas a obediência paciente a Deus é que deve caracterizar a vida do cristão. 2)O abandono em obedecer às ordenanças, aos estatutos, aos mandamentos de Deus, dando lugar aos nossos desejos pessoais, negligenciado a lei de Deus nos leva à queda. 3)Não importa se lideramos ou não, se governamos ou não, a eficácia e a vitória do cristão depende de ouvirmos e obedecermos à voz de Deus. 4)Não devemos deixar que os nossos desejos e anseios pessoais prevaleçam em nossa vida, eles devem ser confrontados com a Palavra de Deus - A Bíblia Sagrada. 5)O lindo Templo que abrigava a Arca da Aliança (representando a presença de Deus), hoje é representado por nossos corações, que é o templo do Espírito Santo que habita em nós, e devemos estar sempre pronto para obedecer a sua voz. 6)Da mesma forma que os israelistas foram atraídos por “outros deuses”, nós podemos estar sendo atraídos por coisas que tem se tornado verdadeiros deuses, ídolos na nossa vida, tais como, pessoas, dinheiro, poder, influências maléficas e prazeres efêmeros, mundanos, e passageiros, nos tornando escravos deles que vão tomando o lugar de Deus em nossas vidas sem que sintamos, e vão nos afastando dELE. 7)Devemos confrontar e corrigir qualquer divergência da nossa vida em relação à lei de Deus. Qualquer pessoa, acontecimento ou coisa que aconteça em nossas vidas e nos mostre que nos desviamos da obediência à Palavra de Deu, deve ser reconhecida com uma benção para nós, pois irá endireitar os nossos caminhos e nos levar de volta para obedecê-LO. 8)Nossos propósitos devem ser apresentados diante de Deus e deve sê-lo de coração e com sinceridade. Deus nos ouvirá e nos dará um novo começo, um renovo, e despertará em nós o desejo de viver para ELE. 9)Sempre que ouvirmos a voz do Senhor devemos obedecê-lo, pois obedecer é melhor do que sacrificar, e o preço da obediência é menor do que o da desobediência. Se eu estivesse de resumir tudo o que nós estudamos aqui eu diria que devemos ter OBEDIÊNCIA AO SENHOR!